quinta-feira, 7 de junho de 2012

URUÇÚ AMARELA - TUJUBA (Melípona Rufiventris)
Já ví pela internet várias espécies de urucú amarela, a maioria chamadas de Melípona Rufiventris, pra mim, que sou novato em meliponicultura, a principal diferênça é quanto a entrada do ninho. Na região onde moro já ví pelo menos duas espécies amarelas, de tamanho aproximado, uma delas é esta descrita abaixo.

Já encontrei 3 ninhos destas abelhas, e em todos eles não se vê a entrada, não tinha percebido até um amigo me alertar, ele também já teve oportunidade de ver cerca de 7 ninhos, e todos da mesma forma, por fora só se vê a fenda da árvore, a entrada fica escondida.







Observem como a entrada fica no interior do oco da árvore, e elas ainda fazem a entrada como uma fenda, e mais no interior vê-se que o orifício é redondo, onde só entra uma abelha por vez.
Este meu amigo está testando uma cobertura para a entrada desta espécie para simular a natureza onde de fato não vemos a entrada. Pelo menos nos ninhos avistados até o momento, que já são cerca de 10.




Esta é uma caixa rústica, pertencente a um sitiante, a caixa é enorme, para esta espécie a caixa deve ser de 15 x15 cm internamente, com alças de 8 cm de altura, o diâmetro de seus discos de cria são bem menores que os da Seminigra.
COMO INICIEI NA MELIPONICULTURA

Minha mãe tinha uma pequena caixa com jataís que ela havia capturado à aproximadamente 25 anos numa chácara que tinhamos, e como as paredes desta caixinha eram finas elas começaram a entortar e abrir (pudera, 25 anos!!!).

Esta é a caixinha depois de aberta, tinha 3 rainhas, e várias realeiras, no lado esquedo do niho e um pouco abaixo dá pra ver 2 realeiras.

Bom, na procura do melhor modelo de caixa pra elas acabei tomando conhecimento sobre as uruçús e que havia espécies na região. Foi assim também que conheci o hoje amigo Tarcisio, que já tinha uma melíponário e incentivava pequenos sitiantes a criar e preservar as abelhas sem ferrão.

Fiquei maravilhado, principalmente com a uruçú-boca-de-renda (Melípona Seminigra), começei a perguntar pra todo mundo que lidava com sitio ou extraía madeira, até que um dia me diseram de uma árvore derrubada que que tinha uma colméia, mas não sabia de qual espécie, e pra minha surpresa era uma Seminigra (primeira postagem deste blog), depois com ajuda de amigos sitiantes achei mais duas, destas 3 já multipliquei pra 13, entre outras espécies que consegui nesse meio tempo.

E tudo começou por causa de uma pequena coméia de jataís cuja caixa começou a se desfazer.

sábado, 8 de outubro de 2011

Canudo Amarela - Scaptotrigona sp.



















São muitas as espécies e subespécies deste tipo de abelha, praticamente não encontrei matéria relacionada a esta espécie que ocorre na região amazônica a não ser algumas fotos de entradas e o nome. São abelhas de pequeno porte, tem a parte de cima da cabeça e parte do dorso pretos, o resto é amarelado, são abelhas bastante defensivas e os ninhos populosos, o ideal é usar véu de apicultor para lidar com elas com calma.


Aqui na região onde moro, Ariquemes/RO, ainda é abundande e costumo encontrar ninhos com relativa facilidade na natureza, porém, nunca havia retirado por ser contra a derrubada de árvores pra se conseguir colônias. Fui avisado que tinha caido uma grande árvore e tinha algumas abelha. Só desta espécie haviam 5 colônias, porém, 2 perdeu-se na queda, o ninho foi exposto e atacado por outras abelhas, e iraras, um animal comprido e esguio de pelagem negra, quando estava lá procurando pelas abelhas tive oportunidade de vê-lo a uma distância de cerca de 8 metros, e pra meu espanto não se importou muito comigo e ainda foi verificar se tinha sobrado algo das colônias expostas, infelizmente não estava com minha câmera.


A árvore onde se encontravam os ninhos é conhecida por aqui como Faveira Ferro.


Como podem ver na foto acima, quando encontrei o ninho já tinha se passado cerca de 15 dias, e já havia postura na nova posição do ninho. Podemos observar os discos mais velhos à direita, ainda na posição antiga no ninho, e a postura mais nova à esquerda, já na posição normal. Algumas abelhas negras vistas na foto são oportunistas já fazendo uma "boquinha".


Não havia involucro, cheguei a pensar que esta espécie não o produzia, mas devia ser pela espessura da madeira, na caixa o involucro foi confeccionado.


Introduzi na caixa o ninho com os potes de alimento que aparecem na foto, estava grudado aos discos de cria mais velhos e não conseguiria removê-los sem danificar ainda mais o ninho.


A rainha não foi vista, poderia estar escondida entre os favos de cria ou os potes de alimento, também não vi realeira, mas não costumo ficar procurando muito, com o ninho já exposto não há outra alternatina a não ser colocá-lo na caixa, então procuro fazer isso sem demora e com a menor manipulação possível do ninho.


Os três ninhos estão bem nas caixas, apesar de ter deixado alguns potes de alimentos na caixa, não houve problema com forídeos, numa das caixa já foi possível avistar postura nova já saído do invólucro, assim como a rainha. Estou alimentando artificialmente todas as colônias com xarope de água com açúcar na proporção de 1 parte da água e 1 de açúcar.


Um dos ninhos tinha a cavidade totalmente ocupada e tinha aproximadamente 4 litros de mel, e calculei um volume aproximado de 2 a 3 litros de pólem.


O mel é muito saboroso, uma parte deixei pro caseiro do sitio que me ajudou a retirar os ninhos, a que ficou comigo acabei devolvendo quase todo pras colônias dias depois, recebi algumas critias por isso, mas não me importo, tenho as abelhas apenas por hobie e amor e admiração pela natureza, além do mais, assim que o enxame se recuperar tenho certeza que vou reaver a minha parte.



A foto ao lado adicionei para comparação, é um ninho da mesma espécie que encontrei a quase 2 anos, a árvore é conhecida aqui como Breu. Observem como o canudo de entrada, parece diferente, mas é porque é um canudo já velho.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Uruçú boca-de-renda (melipona seminigra), caixas já formadas

Entrada com abelhas montando guarda, são do tamanho da apis melífera.


Ninho novo, formado através de divisão, já com potes de alimento



Fornecimeto de alimentação com pedaços de rapadura, facilita a alimentação principalmente quando da captura, onde tem que se transportar a caixa logo em seguida, fica na caixa até o consumo, e está tendo uma boa aceitação.
















Uruçú boca-de-renda (melipona seminigra)

Colméia de melípona seminigra, conhecida na região amazônica como uruçú boca-de-renda, estas encontram-se na cidade de Ariquemes-RO.
Fotos de um ninho que retirei de uma árvore derrubada por medeireiros, que felizmente não o viram, porque normalmente retiram o mel e deixam o ninho pras formigas e outros animais. Cinco dias depois de retirar o ninho da árvore fiz uma revisão, devido a quantidade de forídeos adultos que encontrei fora da caixa quando fui buscá-la à noite, e fiquei realmente impressionado com esta abelha. Eu as tinha alimentado com 2 pedaços de rapadura de 5x5 cm aproximadamente no dia em que coloquei o ninho na caixa, porque não colocamos mel nem pólem pra evitar ataque de forídeos, da rapadura ainda tinha aproximadamente a metade do que coloquei, mas já tinha vários podes de alimento. Nem deu pra ver se tinha larvas de forídeos, tanto era a cera que já tinham acumulado em torno do ninho, no próximo fim de semana devo colocar uma melgueira, e pretendo fazer uma divisão dentro de 2 meses.

Retirada de ninho da galhada de uma árvore derrubada por madeireiros.
Entrada construída com barro e resina, a entrada de baixo é falsa (sem saída)







Caixa à espera das capeiras, a entrada antiga foi colada com fita adesiva na tentativa de facilitar a atração das abelhas, porém estas roeram a fita e derrubaram a entrada, posteriormente contruíram outra.